Por Silmara Oliveira
A literatura espelha a sociedade ao
modo dos artesãos que lhes dão vida. Ora alegres e humorados, ora extenuados
pelas causas sociais. Outras vezes, prescrutadores do interior e das paisagens
humanas. Ela segue sob matizes de diversas cores e estações, sentimentos
e provocações, oscilando conforme as mudanças terrenas. Soberana, alarga-se ao
longo das idades e do tempo.
E por ser uma casa de letras, leitura e
literatura, parabéns à Academia de Letras de Itabuna – ALITA na imortalidade de
seu patrono Adonias Filho que certamente a veria como um refrigério, um avarandado
lugar de benfazeja esperança para a sociedade itabunense e regional, espargindo
raios e gotas de conhecimento. A Academia com tão tenra idade assemelhando-se à
delgada e sensível planta e, seu patrono à forte e robusta matriarca no íntimo da Mata Atlântica,
árvore de frondoso saber, ambos simbolizando o começo e perenização, o nascimento e a solidez da
cultura.
Por tudo que já se fez e ainda se fará,
salve a todos quantos desempenham a função sublime de aconchegar os que labutam
com as palavras, ainda que seja vã, à guisa de Drummond. Em nome do Memorial
Adonias Filho, vida longa à ALITA e seus trabalhadores de escrita e de sustentação.