Tuas penas feridas
com o fuzil
que deram ao menino
teus ventos
companheiros
redimindo as calçadas
no gesto de estrela
um novo dia anuncias
dos longes comovidos
nas águas dormindo
onde o ouro vegetal
flora como flama eleita
os fragmentos colhidos
nos seios da madrugada
o discurso elementar
de sol com borboletas
em tua metáfora solitária
ciranda de todas as
relvas
ébria de amor
por nós mesmos
enquanto durou a cantiga
nos becos o esgar dos
dias
o comentário esquivo
nenhum rancor ouvimos
como conseguias
permanecer menino?
teu pássaro puro reluz
nesse canto sereno
agora legiões de anjos
te escutam em silêncio
tua hora de no eterno
voar.
(Do livro Os Enganos Cativantes,
poemas)
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